Família, política e atualidade
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Resumo
Nestas linhas se pretende expor, de modo sucinto e com viés histórico-analítico, o fenômeno da descristianização social e desconstrução do paradigma familiar na sociedade ocidental e, em particular, no Brasil. Procura-se demonstrar a origem desse processo precisamente na política demográfica e de planejamento familiar dos anos 70, baseada na teoria neo-malthuseana de desenvolvimento demográfico. O modelo neo-malthuseano de análise do comportamento demográfico foi adotado pelos agentes condutores do processo social em análise, objeto deste artigo, como modo de defesa da chamada superpopulação. A seguir, as diversas formas de direitos sexuais e reprodutivos, alimentadas política, ideológica e financeiramente por grandes fundações metacapitalistas filantrópicas, de matriz liberal, que investem em diversos meios para influenciar as consciências das mulheres de maneira a provocar nessas o desejo de evitar conceber e gerar filhos, propondo, em seu lugar, o direito ao livre comportamento sexual não atrelado às normas sexuais tradicionais e à lei natural. Concomitantemente, a ideia marxista de família se inseriu de modo silencioso nas diversas culturas, propondo a destruição da família monogâmica como modo originário da subjugação de classes e da tão enfatizada desigualdade social. Esta última noção se reforçou com o advento dos movimentos feministas, que postulavam o fim das formas de “submissão” das mulheres, sendo a primordial e principal delas a família. Todas essas ideias se tornaram modos paradigmáticos de ação social que também se constituíram, no Brasil, como maneiras ocultas da política e da gestão social.
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