Educar para a verdade segundo Hans-Georg Gadamer
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Resumo
No âmago da pessoa humana, está a sede de saber. É a sede de verdade. Se há esta sede, é porque a verdade existe. Sua inexistência tornaria a sede em si um absurdo. Permanece, no entanto, a dificuldade de encontrar a verdade e propô-la aos demais. Eis o desafio dos educadores, pais e professores. Neste artigo, propomo-nos, então, apresentar, à luz de Hans-Georg Gadamer, meios, alternativos aos das ciências exatas, pelos quais a verdade possa ser encontrada. O processo educacional poderá fazer uso deles e, assim, favorecerá ao estudante o encontro com a verdade. Como metodologia, utilizamos a pesquisa bibliográfica, passando, sobretudo, por alguns dos principais textos de Gadamer e seus comentadores. Ponto de partida é a diferença entre formação (Bildung) e educação (Erziehung). A “formação” é um processo relacionado à pessoa humana, através do qual ela dá uma forma de humanidade a si mesma. A “educação” é o auxílio que se presta ao indivíduo no seu contínuo formarse. Nesse processo, Gadamer confere um lugar especial para a verdade como aletheia (evento). Por isso, a verdade é um encontro. Ela acontece. Os meios para que isso ocorra são: a experiência estética, o diálogo, a linguagem e o contato com os clássicos gregos. De todos estes, o diálogo é o lugar privilegiado para manifestação da verdade. Concluímos que o pensamento de Gadamer tanto indica meios para encontrar a verdade como também cria espaço para a convivência universal. Diante do contexto de pluralismo violento e excludente, esta é uma excelente proposta pedagógica.
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